Sobre o grupo PoLiTicas
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O grupo PoLiTicas foi criado em 2010 e desde 2012 está localizado na Universidade Federal de Santa Catarina. Atua em quatro eixos interligados que envolvem análise e reflexões em torno dos processos discursivos de constituição das línguas a partir de:
(i) um viés político, focando tanto as tecnologias sócio-históricas de poder (como o dispositivo colonial e a emergência dos Estados modernos), como a esfera público-política de interação sócio-verbal, entendida como espaço de diálogo e de ação em liberdade dos sujeitos;
(ii) um viés ético, comprometido com a relação entre os diferentes significados de línguas e os modos de subjetivação individual e coletivo;
(iii) um viés estético, que articula os modos de representação estética (da língua e das linguagens) à dimensão política do convívio plural e compartilhado na esfera pública;
(iv) um viés jurídico, que articula a produção, aplicação e análise de normas que tutelam as línguas e os direitos de uso das línguas pelos indivíduos e as comunidades.
Os trabalhos desenvolvidos por esse grupo compartilham o interesse teórico e prático por estabelecer um diálogo com sujeitos inscritos em esferas não-acadêmicas. Temas desenvolvidos pelo grupo incluem:
– o processo político e o percurso histórico de expansão colonial e pós-independência da língua portuguesa no mundo;
– a invenção das línguas na América colonial e em África;
– a (re)construção do multilinguismo em Angola, Moçambique e Timor-Leste;
– as práticas linguístico-discursivas afro-brasileiras;
– a construção da ideia de nação e de língua em Timor Leste, Angola, Brasil e Moçambique;
– um estudo comparado da história da linguística colonial dos países com LP como língua oficial;
– a relação entre política e economia no âmbito das políticas linguísticas;
– a relação entre religião (Cristianismo) e política no âmbito das políticas linguísticas coloniais;
– a relação entre os estudos pós-coloniais/do Sul Global e as políticas linguísticas críticas;
– a relação entre língua, raça e racismo;
– direitos linguísticos;
– relação entre língua e Estado;
– políticas de imigração e refúgio como dispositivos.
Integrantes dos grupos têm participado de eventos nacionais e internacionais, com apresentação e debate de trabalhos. Artigos foram publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais, além de livros publicados no Brasil e no exterior. O grupo mantém interlocução com pesquisadores internacionais filiados à área de pesquisa “Colonial Linguistics”, como Sinfree B. Makoni (Penn State University).
O grupo POLÍTICAS LINGUÍSTICAS CRÍTICAS está cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa, do CNPq.
Galeria dos encontros: